2 Comentários
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Avatar de Sandra Patrício

Que bom ouvir outra vez, é um dos meus preferidos, especialmente sobre os textos palavrosos, que têm direito à existência.

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Avatar de Fernando Dias Antunes

Obrigado, Marco, pela introdução deste tema. Estamos perante um dilema, sobretudo quando a escrita - ou melhor, o escrito - depende da transcrição de uma língua estrangeira. Refiro-me ao acto de traduzir, que é para mim uma actividade profissional e, sobretudo, lúdica.

Tomemos como exemplo a tradução de um texto de português para inglês: uma tese ou um artigo académico, por exemplo. É mais ou menos consensual que a tradução de um texto em português é aproximadamente 20% mais longo do que a sua versão em inglês. É também mais ou menos consensual que a exposição de um artigo académico é habitualmente apresentado com longos períodos cheios de apostos ou continuados que obrigam a uma leitura muito complexa (para não dizer complicada), porque, afinal, também é destinada a um "público" leitor muito específico. O que se aconselha neste caso e noutros semelhantes é dotar a tradução de uma sintaxe mais curta, não sendo necessariamente obrigatório cortar o texto, mas organizá-lo, por exemplo, com períodos mais curtos.

Vejamos agora o exemplo de uma tradução (e respectiva legendagem) do argumento de um filme, agora no sentido inverso, ou seja, de inglês para português. Neste caso é inevitável encontrar soluções que obriguem ao corte do texto, porque existem limites do tempo de leitura e do espaço físico da(s) legenda(s).

No caso presente, já nem se coloca a situação de tradução simultânea ou consecutiva, seja através, da tradução oral ou de linguagem gestual. Em muitas destas situações predominam o 'stress' e o cansaço.

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