Ouvir agora | Jon Fosse escreve no padrão minoritário do norueguês — e esta situação é mais interessante do que parece e diz-nos muito sobre, por exemplo, a tradução.
É muito interessante esta variedade nos padrões linguísticos na Noruega, especialmente para nós, portugueses, que tanto reclamamos de como falam e escrevem os brasileiros e que não ouvimos sotaques na televisão. Viva a variedade!
Fascinante! Obrigado. É claro que se perde algo lendo traduções. E nós, na América do Norte, nem estamos conscientes do mundo estreito em que vivemos, condenados a ler tudo só em inglês.
A situação da língua norueguesa é semelhante ao que acontece no Brasil , como já comentei . A situação “dicotômica” é presente no país inteiro . A norma culta e a norma construtivista convivem o tempo todo praticamente entre todos os falantes . Isso se reflete , aproveitando o tópico abordado , nas traduções. Aqui , muitos tradutores optam por soluções simples : se o personagem na língua original fala de acordo com a língua padrão , na tradução este personagem falará um português padrão mas se outro personagem fala fora dos padrões , será traduzido no português de rua daqui . No fundo é tarefa difícil traduzir pois gírias , gramáticas erradas , expressões regionais numa língua não têm a mesma força em outra língua . Em inglês , por exemplo, é comum muitas pessoas dizerem “We was there” . Como o tradutor faria aqui ? “Nós estava lá “?
É muito interessante esta variedade nos padrões linguísticos na Noruega, especialmente para nós, portugueses, que tanto reclamamos de como falam e escrevem os brasileiros e que não ouvimos sotaques na televisão. Viva a variedade!
Viva! :-)
Fascinante! Obrigado. É claro que se perde algo lendo traduções. E nós, na América do Norte, nem estamos conscientes do mundo estreito em que vivemos, condenados a ler tudo só em inglês.
Muito obrigado!
A situação da língua norueguesa é semelhante ao que acontece no Brasil , como já comentei . A situação “dicotômica” é presente no país inteiro . A norma culta e a norma construtivista convivem o tempo todo praticamente entre todos os falantes . Isso se reflete , aproveitando o tópico abordado , nas traduções. Aqui , muitos tradutores optam por soluções simples : se o personagem na língua original fala de acordo com a língua padrão , na tradução este personagem falará um português padrão mas se outro personagem fala fora dos padrões , será traduzido no português de rua daqui . No fundo é tarefa difícil traduzir pois gírias , gramáticas erradas , expressões regionais numa língua não têm a mesma força em outra língua . Em inglês , por exemplo, é comum muitas pessoas dizerem “We was there” . Como o tradutor faria aqui ? “Nós estava lá “?