Sim, já estive em inúmeros lançamentos de livros (inclusive dos meus cinco) e tem graça que sou também da opinião de que não fazem muito sentido! Os norte-americanos têm muito mais jeito para lidar com os novos livros (tal como com os mortos, organizar tudo com calma, dar um tempo, ir ao púlpito falar sobre a pessoa - elegia, não necessariamente lamentosa - e organizar um encontro depois, mas essa seria outra conversa!). Nós, portugueses, somos, no geral, muito formais: quem ali vai ainda não leu o livro, logo, é um equívoco e, tal como disse o Marco e bem, não precisa de ser convencido (como num comício, se ali estão é porque já são adeptos, certo?) e em muitos casos vejo que é um constrangimentos para os autores, estarem a li a tecer-lhe elogios e a vender o peixe. Há excepções, claro, mas precisamente porque fugiram ao modelo mais utilizado. No âmbito de um novo livro, devia-se receber os leitores DEPOIS de estes lerem a obra, para aí sim, pedirem a dedicatória se quiserem, ouvirem o/a autor/a ler passagens, haver um cocktail volante, dar dois dedos de conversa com quem ali estivesse, enfim, um encontro mais descontraído do que estes lançamentos à portuguesa. Nunca concordei com a coisa formal das cadeiras corridas, o silêncio, as pessoas sentadinhas com o livro no colo e a mesa com o editor, autor, apresentador (às vezes representantes das câmaras municipais e outras entidades exteriores ao meio literário), enfim, tudo muito sério! (tal como a necessidade incompreensível dos prefácios para validar a obra, outro assunto para futuro). E os lugares que escolhem também devem muito pouco à imaginação, acho eu. Quando fui eu a organizar, fiz um lançamento na Pensão Amor e outro no Museu da Farmácia (lugar maravilhoso!). Não vou poder estar presente e tenho pena (nunca mais inventam o teletransporte), mas fiquei curiosa quanto a esse livro! Votos de felicidades para os autores e que seja um encontro feliz!
Estive em poucas jornadas de lançamento do livro e, talvez por isso, gostei de todas. A que mais apreciei foi a do meu único livro até à data, certamente não por acaso. Correu muito bem, na medida em que, pelo menos que eu saiba, ninguém disse mal do livro. Tirando eu e o representante da editora, a pessoa que o apresentou foi o Fernando Alves, o que só por si já "fez o meu dia", como diria o inspector 'Dirty' Harry Callahan. Fiz-lhe o pedido e, sem que me conhecesse de lado nenhum, aceitou-o. O que disse do livro seria impossível se não o tivesse lido, o que foi outra pequena/grande alegria para mim, e quero crer que ele não é pessoa para fingir, tão completamente como o fez, que gostou sem deveras ter gostado. As outras (poucas) a que assisti só me fizeram apreciar ainda mais a modalidade. Amanhã, se puder (o que não vai ser nada fácil...), lá estarei, nem que seja para conhecer pessoalmente o apresentador.
Sim, já estive em inúmeros lançamentos de livros (inclusive dos meus cinco) e tem graça que sou também da opinião de que não fazem muito sentido! Os norte-americanos têm muito mais jeito para lidar com os novos livros (tal como com os mortos, organizar tudo com calma, dar um tempo, ir ao púlpito falar sobre a pessoa - elegia, não necessariamente lamentosa - e organizar um encontro depois, mas essa seria outra conversa!). Nós, portugueses, somos, no geral, muito formais: quem ali vai ainda não leu o livro, logo, é um equívoco e, tal como disse o Marco e bem, não precisa de ser convencido (como num comício, se ali estão é porque já são adeptos, certo?) e em muitos casos vejo que é um constrangimentos para os autores, estarem a li a tecer-lhe elogios e a vender o peixe. Há excepções, claro, mas precisamente porque fugiram ao modelo mais utilizado. No âmbito de um novo livro, devia-se receber os leitores DEPOIS de estes lerem a obra, para aí sim, pedirem a dedicatória se quiserem, ouvirem o/a autor/a ler passagens, haver um cocktail volante, dar dois dedos de conversa com quem ali estivesse, enfim, um encontro mais descontraído do que estes lançamentos à portuguesa. Nunca concordei com a coisa formal das cadeiras corridas, o silêncio, as pessoas sentadinhas com o livro no colo e a mesa com o editor, autor, apresentador (às vezes representantes das câmaras municipais e outras entidades exteriores ao meio literário), enfim, tudo muito sério! (tal como a necessidade incompreensível dos prefácios para validar a obra, outro assunto para futuro). E os lugares que escolhem também devem muito pouco à imaginação, acho eu. Quando fui eu a organizar, fiz um lançamento na Pensão Amor e outro no Museu da Farmácia (lugar maravilhoso!). Não vou poder estar presente e tenho pena (nunca mais inventam o teletransporte), mas fiquei curiosa quanto a esse livro! Votos de felicidades para os autores e que seja um encontro feliz!
Estive em poucas jornadas de lançamento do livro e, talvez por isso, gostei de todas. A que mais apreciei foi a do meu único livro até à data, certamente não por acaso. Correu muito bem, na medida em que, pelo menos que eu saiba, ninguém disse mal do livro. Tirando eu e o representante da editora, a pessoa que o apresentou foi o Fernando Alves, o que só por si já "fez o meu dia", como diria o inspector 'Dirty' Harry Callahan. Fiz-lhe o pedido e, sem que me conhecesse de lado nenhum, aceitou-o. O que disse do livro seria impossível se não o tivesse lido, o que foi outra pequena/grande alegria para mim, e quero crer que ele não é pessoa para fingir, tão completamente como o fez, que gostou sem deveras ter gostado. As outras (poucas) a que assisti só me fizeram apreciar ainda mais a modalidade. Amanhã, se puder (o que não vai ser nada fácil...), lá estarei, nem que seja para conhecer pessoalmente o apresentador.