Hoje comento dois comentários que recebi. Falamos da possibilidade de traduzir Camões para português e ainda das traduções entre normas da mesma língua. Lá pelo meio, sugiro a leitura d'Os Tuguíadas.
Episódios recentes:
5 de Setembro: Traduzir o Quixote para castelhano?
4 de Setembro: Cinco livros de Setembro
1 de Setembro: Línguas, livros e castigos
31 de Agosto: Saramago num livro galego (e um tradutor a ficar cego)
30 de Agosto: As três revoluções da escrita
Histórias dentro dos livros, à volta dos livros, sobre os livros — e ainda sobre o que fazemos com eles e por onde andamos com eles. De vez em quando, falamos também de línguas (e outras manias). Assine numa das plataformas:
Obrigado pela partilha do comentário, mais uma. Mas não sei se os seus seguidores merecem a sugestão d'Os Tuguíadas, coitados.
Obrigada pela atenção!
Por falar de traduções e adaptações: quando se transcreve e publica documentos do século XVI, por exemplo, o foral novo de 1512 de Sines, as pessoas, jovens e velhas, falam sempre em tradução. Eu procuro demonstrar que não se trata de tradução, porque o texto está em português, mas apenas de transcrição de um texto numa língua que é a mesma mas que mudou. Sigo as normas de Avelino Jesus da Costa: coloco a pontuação e mantenho a grafia (https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/10438.pdf). Só faz bem ver, na prática, como muda a língua.