3 Comentários
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Avatar de Pedro Farola

Bom dia,

Só tinha lido o "Viagens na Minha Terra" (por acaso não tive de ler na escola, mas li posteriormente) e percebi logo. Aos outros cheguei através de uma pequisa no google. Gostei imenso das recomendações e já os adicionei à minha wish list.

Sou ouvinde assíduo do podcast mas nunca tinha nem comentado nem visitado o site. Parabéns pelo conteúdo!

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Avatar de João Baptista

O primeiro excerto deixou-me um pouco baralhado. A prosa era um pouco “farfalhuda” e digressiva, consistia em circunlóquios sobre o que o autor se propunha fazer, o que poderia indiciar tratar-se de uma obra mais antiga, mas não consegui ir mais longe do que isto.

O segundo excerto não reconheci de imediato, mas soou-me vagamente familiar. Não me pareceu um registo de português do Brasil (e fomos avisados que um dos autores era brasileiro), mas fiquei a matutar.

O terceiro foi relativamente simples. Embora tenha lido a obra há muitos anos e nunca a tenha relido, o estilo e a temática de imediato me fizeram pensar nas “Viagens”, o que confirmei na minha edição.

Voltei então a ouvir o 2.º excerto. Centrei-me no nome “Joana” e comecei a pensar se seria esse ou não o autor brasileiro. Tentei lembrar-me das personagens “Joanas” e lembrei-me que a Clarice Lispector parece ser uma das autoras brasileiras preferidas do Marco, pelo que os livros dela que tenho na minha biblioteca. Descobri logo, pois embora já tenha lido o livro em causa, foi há bastante tempo e, devo confessar, não me entusiasmou.

Quanto ao primeiro excerto, não encontrei nada a que me agarrar e optei por não fazer pesquisa no Google. Assim como assim já era meio da tarde e, com toda a probabilidade, já haveria vencedores. O que se confirmou. Do Mário de Carvalho apenas li a “Fantasia para Dois Coronéis e Uma Piscina”, pelo que não chegaria lá sem ajuda externa.

Ainda sobre as “Viagens da Minha Terra”, devo dizer que é uma obra que me afastou da literatura portuguesa durante bastante tempo, mas creio que parte importante da culpa foi de uma professora de português que tive. Então não é que a professora de português do 7.º ano nos mandou ler as “Viagens” nas férias de Natal? Eu, como era aluno obediente e adorava ler, lá embarquei na viagem. Mas foi um suplício: ainda hoje me recordo daquele início algo grandiloquente, com as referências ao então desconhecido Xavier de Maistre, que aparentemente viajava à roda do seu quarto, tudo numa prosa excessivamente erudita para um miúdo de 11 anos habituado ao Júlio Verne, ao Mark Twain e ao Alexandre Dumas, e em que a acção era permanentemente interrompida pelas divagações e excursos do autor, que perorava sobre imensas coisas que mal me eram compreensíveis. O certo é que li dezenas e dezenas de páginas, passaram as férias, e o autor-narrador ainda mal tinha saído de Lisboa… Descobri depois que praticamente nenhum colega tinha lido a obra e a professora acabou por desistir da ideia. Mas o estrago ficou feito durante diversos anos.

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Avatar de Sérgio António Vieira

Olá, Marco. Que grande prazer!

Já conhecia "Perto do Coração Selvagem" e "Viagens na Minha Terra".

Confesso que hoje em dia leio pouca literatura... Tenho interesse por áreas tão diversas que me dão prazer investigar, que acabo por perder o foco para a literatura!

O livro do Mário de Carvalho é o único que não li, mas imaginei que pudesse ser deste autor pela maneira densa e irónica como maneja as palavras... Cheguei ao resultado com apoio do google, através do nome do autor junto com umas três palavras da pista!

Li "Fantasia para Dois Coronéis e Uma Piscina" pouco depois de ser publicada a primeira edição.

Lembro-me de me ter aguçado o apetite a apresentação deste livro num programa do Francisco José Viegas, com a presença do Mário de Carvalho... Aquele título; a piscina com o formato do mapa de Portugal como ilustração da capa, naquela conjuntura...

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Li bastantes livros da Clarice Lispector há cerca de vinte anos, inclusive de crónicas que ela escrevia para jornais. Nessa época era das minhas leituras favoritas. Inesquecível a audácia de começar um livro com uma vírgula e de terminá-lo com dois-pontos!

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Apesar de eu ser ribatejano, "Viagens na Minha Terra" não foi uma obra que me tivesse despertado grande entusiasmo... Talvez por ter sido de leitura obrigatória, creio que no 11.º ano! Lembro-me de nessa época me ter sentido arrebatado por uma outra, igualmente inspirada no romantismo e relativa a uma viagem: “Noa Noa”, de Paul Gauguin.

Grande abraço!

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