A entonação quem faz é o leitor . Livro é imaginação , exercício mental e outros aspectos que são sentidos e interpretados pelo leitor . É por isso que não me agradam os audiolivros.
Esse conceito de voz faz todo o sentido e, na verdade, é dos aspectos que mais fascina na descoberta de um autor. Há autores que engendram vozes muito específicas, inconfundíveis e às quais gostamos de voltar (ou que queremos evitar, também já me aconteceu!).
Aliás, e retomando a questão dos audiolivros do início da semana, uma das razões pelas quais sinto pouco atracção por esse meio é precisamente por considerar que a interposição de um leitor externo condiciona o meu acesso à voz, introduz já uma camada adicional de interpretação que se traduz numa subtracção de opções ao meu dispor. Já quando leio directamente o livro, acedo irrestritamente à voz da obra. Ou pelo menos tenho essa ilusão!
Concordo consigo. Penso que é precisamente por isso que gosto de ouvir um livro que já li, mas tenho alguma dificuldade em ouvir um livro que ainda nunca li. Pode fazer pouco sentido, mas a ideia é: se eu ouvir um livro pela primeira vez, fico com a voz condicionada pelo locutor. Se ouvir um livro que já li anteriormente, noto os pontos de divergência entre a voz da minha cabeça e a voz do locutor, o que tem o seu interesse. No fundo, e repetindo, concordo consigo.
Fez-me lembrar as Ondas, da Virginia Woolf, em que as várias personagens, seis amigos, nos transmitem o que lhes vai no pensamento. É magnífico ouvir o audiolivro em inglês!
A entonação quem faz é o leitor . Livro é imaginação , exercício mental e outros aspectos que são sentidos e interpretados pelo leitor . É por isso que não me agradam os audiolivros.
Esse conceito de voz faz todo o sentido e, na verdade, é dos aspectos que mais fascina na descoberta de um autor. Há autores que engendram vozes muito específicas, inconfundíveis e às quais gostamos de voltar (ou que queremos evitar, também já me aconteceu!).
Aliás, e retomando a questão dos audiolivros do início da semana, uma das razões pelas quais sinto pouco atracção por esse meio é precisamente por considerar que a interposição de um leitor externo condiciona o meu acesso à voz, introduz já uma camada adicional de interpretação que se traduz numa subtracção de opções ao meu dispor. Já quando leio directamente o livro, acedo irrestritamente à voz da obra. Ou pelo menos tenho essa ilusão!
Concordo consigo. Penso que é precisamente por isso que gosto de ouvir um livro que já li, mas tenho alguma dificuldade em ouvir um livro que ainda nunca li. Pode fazer pouco sentido, mas a ideia é: se eu ouvir um livro pela primeira vez, fico com a voz condicionada pelo locutor. Se ouvir um livro que já li anteriormente, noto os pontos de divergência entre a voz da minha cabeça e a voz do locutor, o que tem o seu interesse. No fundo, e repetindo, concordo consigo.
Fez-me lembrar as Ondas, da Virginia Woolf, em que as várias personagens, seis amigos, nos transmitem o que lhes vai no pensamento. É magnífico ouvir o audiolivro em inglês!