3 Comentários
Set 25, 2023Gostado por Marco Neves

Uma boa iniciativa.

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Set 25, 2023Gostado por Marco Neves

Excelente capítulo, quero ouvir e em breve ler, os restantes. Todos precisamos de um banho de humildade.

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Como descobri este podcast não há muito tempo, tenho estado a ouvir desde o início e, por isso, chego tarde à discussão. Ainda assim, aqui deixo o meu comentário.

Achei muito interessante este episódio e a distinção entre ignorância colectiva e ignorância individual.

Parece-me muito plausível que a relação entre ambas tenda a variar à medida que avançamos ou recuamos no tempo, no sentido de que o fosso entre ignorância colectiva e individual tende a aumentar com o avançar no tempo histórico. Mas também acho intuitivo dizer que, no plano absoluto, a ignorância individual tenda a diminuir com a progressão histórica. Não porque as nossas capacidades cognitivas tenham aumentado enormemente (alguma coisa terão aumentado, mas não sei avaliar quanto), mas porque o próprio acervo de conhecimentos disponíveis para apreensão individual parece ter aumentado imenso. Provavelmente, há 10.000 anos, o indivíduo comum tinha conhecimento de um conjunto de verdades sobre o mundo natural, sobre o seu ambiente circundante, e pouco mais. Actualmente, imagino que, pelo menos em média, cada indivíduo seja possuidor de um conjunto de conhecimentos bastante mais vasto, seja porque necessita deles para viver em sociedades complexas, seja porque há um conjunto mais vasto de fenómenos e verdades passível de ser conhecido e que antes, pura e simplesmente, não existia, seja porque as formas de transmissão e divulgação do conhecimento se expandiram enormemente.

Claro que depois surge a pergunta: mas de que tipo de conhecimento estamos a falar? Qual o seu objecto? Conhecimento de quê?

Estou a considerar aqui conhecimento proposicional, isto é, de enunciados verdadeiros sobre o mundo. Não tanto de conhecimento prático, como é o saber nadar, ou pescar, que poderíamos chamar de competências. Aí já acho a coisa mais duvidosa…

Peço desculpa pela prolixidade.

Estou muito curioso para ouvir os restantes episódios desta “Breve História da Ignorância”!

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